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memórias

um anjo

um dia, vi um anjo no meu quarto. era pequeno, como uma fadinha. mas era um anjo. só dava pra ver o contorno, pois a luz vinha de trás. não me passou conforto. eu tentava pensar que deveria ser algum objeto sobre a mesa. mas no fundo eu sabia que era um anjo.
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estão borradas e incertas.

era uma vez uma criatura

estava seguido meu rumo, e, quando uma me atravessou (por favor, me ajuda!), fui em casa pegar o que precisava. aí voltei, e, por sorte, ela já havia sido socorrida. tinham várias. por fim, sobrou uma, que ainda dormia. trouxe ela comigo. dei de tudo que ela precisava. ela foi crescendo, mas era como se fosse uma luz muito forte pra esse mundo. depois de um ano e meio, a alegria que exalava foi se apagando. tentei de tudo, mas me disseram que não havia jeito. não desisti, mas, depois de um tempo, ela se foi. a dor de não conseguir socorrer criaturas indefesas parece a dor mais amargurante do mundo.

bu · última atualização: 27/06/2025 ·
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